quarta-feira, 28 de maio de 2008

Moço, eu quero um sapato!

Um BOM blog nerd não pode deixar em falta o vídeo do sapo que quer um sapato.
É uma das pérolas da internet mais antigas, conhecidas e batidas.
Mas, óbvio, aqui tem que constar.

TÚNEL DO TEMPO: 1998

Há 10 anos, no mês de maio, a Rareware, antigo braço-direito da Nintendo, lançava Banjo-Kazooie.
Tratava-se de um jogo plataforma 3D com um urso e uma passarinha em mundos maiores que os de Mario 64, com mais itens para coletar que Mario 64, mais movimentos para realizar que o jogo do bigodudo e mais um monte de coisas a mais. O problema? Não era 'mais jogo' que Mario 64.

Mas não sejamos maus!
B-K fez muito sucesso e era bastante criativo e simpático.
A Rare sempre teve o costume de explorar bem os hardwares da Nintendo e conseguiu isso com B-K até Zelda: Ocarina of Time chegar seis meses mais tarde. O problema é que o jogo era lentíssimo devido aos gráficos pesados, mas não sei porque, não notávamos isso.

E devo confessar: por um lado, é bom não entender muito bem do lado técnico. Isso privilegia na hora de assimilar a diversão. Com Banjo-Kazooie foi assim!




Pena que hoje, do lado da Microsoft, a Rare tenha esquecido esses princípios e anda fazendo isso daqui:

SAUDADES DA POLAROID FRANCESA

Hoje tive uma grata surpresa na internet!
O anúncio da continuação do jogo Beyond Good & Evil.

Pra quem não sabe (ou seja, quase todo mundo), BG&E é um FANTÁSTICO jogo de adventure Zelda-like que saiu em 2003 para PC, GameCube, PS2 e X-Box. O título foi criado pelo estúdio francês da Ubi Soft, mais precisamente por Michel Ancel (série Rayman). Tinha uma história fantástica de perseguição política (jornalistas apontavam uma crítica à guerra do Iraque e aos EUA em si), negligências democráticas e abduções em uma terra chamada Hylis (clara homenagem à Hyrule), onde você assumia o controle da personagem Jade (um Link feminino com uma máquina fotográfica às mãos). Devemos ressaltar que o jogo não vendeu quase nada e se transformou em uma pérola para colecionadores. BG&E é considerado um dos títulos mais cult da última geração.

Os comparsas de Jade eram um ex-soldado do exército da cidade e seu tio (sim) porco.
Por trás de toda a trama, você ia aos poucos descobrindo que Jade era diferente do normal e a raça Domz queria pôr as mãos nela de qualquer forma.

O jogo todo possuía uma narrativa toda cinematográfica fantástica, gráficos maravilhosos e uma trilha sonora que só Mario Galaxy me fez ouvir outra coisa depois de anos.

O anúncio foi feito com três fotos e um trailer, que são nada mais que um teaser.






O que me entristece é que o anúncio não inclui o Wii. =(
O jogo é de X-Box 360 e PS3, por incrível que pareça.

Mais um motivo pra pegar um PS3 além dele rodar meus futuros filmes... hehehe

Se sair pra PC, mais simples!

Pra quem quer recordar, eis um grande momento de BG&E 1:




Portanto, au revoir!

HIGHLIGHTS DE INDIANA JONES 4


Russos pedem banimento do filme


A notícia é do site omelete.com.br

Membros do Partido Comunista russo condenaram o novo filme de Indiana Jones, acusando a produção de distorcer a história e ser um veículo de propaganda anti-soviética. O partido também exige que o filme seja banido dos cinemas russos. Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal está sendo exibido em 880 salas da Rússia, o maior lançamento de um filme hollywoodiano no país.

Viktor Perov, membro do partido em São Petersburgo, a Leningrado dos tempos soviéticos, declarou que os Estados Unidos deveriam ter vergonha de assustar crianças com comunistas depois de ter recebido apoio russo para derrotar os nazistas e a simpatia local na luta contra Bin Laden.

Perov continuou dizendo que as mulheres russas não se parecem com nazistas e, partindo para o absurdo, completou declarando que Cate Blanchett deveria estar ameaçada pelo desemprego para aceitar o trabalho em Reino da Caveira de Cristal. Outro membro do partido, Andrei Gindos, declarou que Blanchett e Harrison Ford são atores de segunda categoria e ligados à CIA.

Seguindo uma linha mais racional, embora apoiando a proibição do filme, outro afiliado ao partido, Vladimir Mukhin, disse que o filme seria divertido se não houvesse o risco de influenciar os adolescentes que nada sabem sobre a década de 50. E olha que Indiana Jones frequentemente é criticado nos EUA por caricaturizar (e, por extensão, amenizar) regimes genocidas como o de Adolf Hitler e, agora, o de Josef Stalin.

Cate Blanchett



Bilheteria de estréia é a maior da história em escala mundial.
A notícia é da agência AFP:

'Indiana Jones' registra maior bilheteria mundial com mais de USD 300 milhões

LOS ANGELES (AFP) — O quarto episódio das aventuras do arqueólogo Indiana Jones arrasou nas bilheterias mundiais após seu retorno aos cinemas depois de mais de 19 anos, arrecadando 313 milhões de dólares em entradas, informou nesta terça-feira a empresa especializada Exhibitor Relations.

O filme protagonizado por Harrison Ford obteve "313 milhões de dólares nas bilheterias, esse é o número que temos até o momento", indicou à AFP Jeff Bock, analista da Exhibitor Relations, com sede em Los Angeles.

Esse valor foi alcançado após a exibição em "8.427 salas de cinema, mas provavelmente em mais salas" situadas em 55 países, indicou Bock.

"Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal", dirigido por Steven Spielberg, protagonizado por Harrison Ford e produzido por George Lucas, não conseguiu, entretanto, bater o recorde de público nas salas da América do Norte -EUA e Canadá-, considerado seu maior mercado.

O valor definitivo da arrecadação será divulgado nesta terça-feira à tarde em Los Angeles, mas até agora foi o segundo filme com melhor desempenho de bilheteria no final de semana prolongado do Memorial Day que Hollywood escolhe com f

reqüência para estrear suas grandes produções.

A terceira aventura de "Piratas do Caribe" é o filme que desde 2007 detém o recorde de maior bilheteria nesse período, informou nesta terça-feira a revista Variety.


Pílulas e remédios on-line: DR. MARIO!


Quem resiste a não baixar um novo jogo do Mario?
Ainda mais por meros 1000 Wii Points?! Dr. Mario Online RX. O Online arranca sorrisos de qualquer um, mas que raios é esse RX? Em resumo, os gráficos estão 3D, simples, porém bem simpáticos. A música tema está de volta e o jogo é o mesmo: empilhe quatro pílulas da mesma cor sob um vírus e kabum! O problema é que as píluas caem BEM rápido, como já sabemos. A diversão maior fica por conta do modo on-line. Você pode utilizar seus Miis para personalizar seu jogo como já é de praxe no Wii. Se os bonecos já são engraçados por si só, imagine-os com aventais brancos e estetoscópios.





No modo on-line, a Nintendo parece ter se inspirado no sistema de Mario Kart Wii. Em Dr. Mario Online, é possível convidar amigos que não possuem o jogo para uma partida. Para isso, você consegue enviar uma mensagem a um Wii amigo que esteja registrado em seus endereços. Também consegue enviar um demo do jogo Dr. Mario, permitindo uma partida on-line entre você e seu parceiro, o que é uma excelente adição. Pessoas que não baixaram o jogo e estão em dúvida sobre o mesmo podem testá-lo desde que um colega possua o título e envie uma demonstração de presente. O melhor: é de graça. Eu já enviei pra três amigos. Durante o modo online com desconhecidos, no fim de cada partida é possível escolher algumas frases entre diversas disponíveis e enviá-las ao jogador do outro lado do arquipélago, permitindo o básico de comunicação. Frases como "Você joga bem!", "Mais uma partida?", "Ótimo game!", "Te peguei!" entre outras estão disponíveis, e devo confessar que achei isso bastante positivo.


Hora do remédio!




Vídeo de Dr. Mario Online RX (Wii - Wii Ware/Nintendo)


segunda-feira, 26 de maio de 2008

Seja humilde!

CQC!

TALES OF SYMPHONIA: Dawn of the New World

Pra quem está ansioso pela continuação do RPG, último trailer divulgado.
Cel-shaded, heróis de sempre, novos personagens, só coisa de japoronga:





Ingrid queridinha, esse é pra vc! =P

IMPRESSÕES - Wii Ware


Há poucas semanas a Nintendo finalmente disponibilizou no continente americano seu serviço de distribuição de jogos e conteúdo inéditos para o Nintendo Wii. Trata-se do Wii Ware, interface que disponibiliza jogos criativos e 100% frescos, criados para a memória virtual do Wii com tamanho reduzido e preços módicos.

Logo no debut, realizei o download de Final Fantasy CC: My Life as a King e LostWinds (sim, tudo junto).

Eis minhas breves impressões:



FINAL FANTASY CRYSTAL CHRONICLES: MY LIFE AS A KING
















Este simulador da vida "monárca" utiliza a consagrada franquia de RPGs da Square-Enix com personagens carismáticos da corrente spin-off da série, originada no GameCube em 2004.


Você está na pele do Rei Leo e deve recriar um reino completo do zero. Para isso, você deve possuir duas coisas:
- dinheiro
- elementite

Para conseguir esses elementos indispensáveis, você deve enviar caravanas com bravos guerreiros às dungeons que cercam o reino prometido. Se nos demais Crystal Chronicles, você assumia a pele dos heróis, neste você assiste de longe.

O simulador é bacana. Dá pra se divertir bastante construindo imóveis e simulando uma vida praticamente feudal ao redor do seu castelo. Não pense que você vai escolher a textura da pastilha do prédio da padaria ou ainda mover a mobília da casa da moça da esquina. É Final Fantasy sem ser RPG e casualíssimo, não The Sims. Some as músicas pobres e repetitivas. Chega no vigésimo dia de "vida do reino" e você não quer mais ouvir aquele "tum-tum-tuuum-tuuuuum" nem morto.

O jogo peca em um único fator: conteúdo adicional pago por mais e mais downloads, que consequentemente, consomem Wii Points. Broxante. Só alimenta o consumismo.

Preço: $15 (mais extras)


FF CC: My Life as a King em vídeo:







LOSTWINDS












A coqueluche, a nata do sistema Wii Ware até então. LostWinds é um básico game de plataforma side-scrolling 2D, com (belos) gráficos 3D. Você está no controle do garoto Toku e no comando do espírito do vento. Entendeu, né? Toda a movimentação é realizada pelo wii-remote em conjunto com a extensão nunchuk. Com o pointer, você realiza os caminhos e rastros do vento, resolvendo puzzles variadíssimos. Em alguns momenos, você se sente resolvendo quebra-cabeças Zelda-like, como fazer o fogo de uma tocha chegar até uma outra que está apagada diversos metros dali. Para isso, basta desenhar o trajeto com o wiimote no 'ar', criando o rastro a ser percorrido pelo game.



A aventura possui uma excelente trilha sonora, belo acabamento gráfico, atenção aos pequenos detalhes e gameplay digno de jogo de 4.7GB.

Pena que parece ser curto. O bom é que já anunciaram a continuação.
Corra baixá-lo já!

Preço: $10



LOSTWINDS em vídeo:





EM BREVE: impressões sobre Dr. Mario On Line, o puzzle medicinal mais eletrizante que qualquer jogador já tomou... errr... jogou.

GRANDES MOMENTOS

Abaixo, dois vídeos interessantes sobre cinema.

No primeiro, Charlie Chaplin recebendo o Oscar honorário, prêmio que culminou em um dos aplausos mais longos da premiação. Vale pela emoção do artista.




Em seguida, Fernando Meireles apresentando seu novo longa a Saramago
, 'Blindness'.
O diretor suava frio pela reação do vencedor do prêmio Nobel quando teve uma grata surpresa ao fim da projeção.








domingo, 25 de maio de 2008

INDIANA JONES 4

Finalmente, o novo Indiana Jones chega aos cinemas de todo o mundo!
Meu comentário segue abaixo:





Produção e Texto: Lucas Brum
Edição: Tiago Carvalho

Coelhos também querem curtir a balança

Basta assistir:





Em dezembro já nas lojas! Waaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!! =P

Miyamoto e mega-matéria no NYT


O tradicional jornal norte-americano New York Times rasgou a seda para a Nintendo neste fim de semana com um excelente artigo descrevendo a atual situação do mercado de videogames, em especial sobre o sucesso da Nintendo e o maestro que rege a orquestra desses nipônicos: Shigeru Miyamoto, game designer mais famoso e influente da história. Para muitos, o Walt Disney dos eletrônicos. E com muito mérito, devo confessar.

Os holofotes da mídia internacional se devem à chegada do jogo Wii Fit, simulador de exercícios físicos da Nintendo para o sistema Wii. O jogo é um sucesso no oriente e na Europa e está tomando a América de assalto. É mais um produto desta linha clean e pick-up and play da gigante de Kyoto.





O jogo acompanha uma balança com sensores e promete desafios aeróbicos de estacionar as academias. Na verdade, o objetivo da Nintendo é continuar quebrando a imagem que o jogador de videogames é gordo, solitário e vive no escuro. Acredite, eles estão conseguindo.



Assim que testar Wii Fit, óbvio, posto as impressões por aqui!

Eis a matéria do Jornal NYT:


The New York Times
Por Seth Schiesel

Está certo comparar Shigeru Miyamoto a Walt Disney. Quando Disney morreu, em 1966, Miyamoto era um rapaz de 14 anos, filho de um professor, que morava perto de Kioto, a antiga capital do Japão. Um aspirante a cartunista, ele adorava os personagens clássicos de Disney. Quando não estava desenhando, fabricava seus próprios brinquedos, esculpindo bonecos de madeira com as ferramentas de seu avô ou criando uma corrida de carros com um motor velho, barbante e latas.

Mesmo depois de se tornar o mais famoso e influente criador de videogames do mundo -o pai de Donkey Kong, Mario, Zelda e, mais recentemente, de Wii-, Miyamoto ainda encara seu trabalho como um humilde artesão, e não como a celebridade que ele é para jogadores de todo o mundo.

Sentado na beirada de uma cadeira em uma suíte de hotel algumas dezenas de andares acima do centro de Manhattan, Miyamoto, 55 anos, que parece um eterno querubim, irradiava a felicidade de alguém que sempre quis divertir. E conseguiu. Como a principal mente criativa da Nintendo há quase três décadas, ele gerou entretenimento de massa com uma escala global, durabilidade cultural e sucesso financeiro que não foram superados desde a fabulosa carreira de Disney.



Miyamoto, o Walt Disney dos games

No Ocidente, provavelmente Miyamoto teria fundado sua própria empresa há muito tempo. Teria ganhado bilhões e se firmado como uma celebridade do entretenimento. Em vez disso, apesar de ser como um rei na Nintendo e uma figura cultuada, ele quase parece um simples empregado (embora especialmente criativo e feliz), com uma mulher e dois filhos em idade escolar em sua casa perto de Kyoto. Ele não serve de material para os tablóides e parece manter um estilo de vida relativamente banal.

"O importante é que as pessoas com quem eu trabalho também sejam reconhecidas, e que a marca Nintendo avance e continue se tornando forte e popular", ele disse, comparando o papel de Walt Disney na grande marca com o seu. "E se as pessoas considerarem a marca Nintendo no mesmo nível da marca Disney, é muito lisonjeiro e me deixa feliz", ele acrescentou, por meio de um intérprete. (Ele entende inglês, mas só fala algumas frases, o que o diverte muito, já que seu pai era professor de inglês.)



Mario, o encanador italiano bigodudo que ele criou há quase 30 anos, tornou-se em certa medida o personagem de ficção mais conhecido do planeta, só rivalizado por Mickey Mouse. Como criador das séries Donkey Kong, Mario e Zelda (que coletivamente venderam mais de 350 milhões de cópias) e a pessoa que em última instância supervisiona todos os jogos da Nintendo, Miyamoto talvez seja pessoalmente responsável pelo consumo de mais bilhões de horas de tempo humano do que qualquer outra pessoa. Na pesquisa online Time 100 realizada nesta primavera, Miyamoto foi votado como a pessoa mais influente do mundo.



Mas não são apenas os jogadores tradicionais que acorrem para a última criação de Miyamoto, os Wii. Dezoito meses atrás, exatamente quando os videogames estavam em perigo de desaparecer no mundo-nicho dos fanáticos, Miyamoto e Satoru Iwata, executivo chefe da Nintendo, praticamente reinventaram a indústria. (O título completo de Miyamoto é diretor gerente sênior e gerente geral da divisão de análise e desenvolvimento de entretenimento da Nintendo.)

Sua idéia foi revolucionária pela simplicidade: em vez de criar uma nova geração de jogos que atrairia os jogadores tarimbados, eles desenvolveram o Wii como uma diversão barata e fácil de usar para famílias (com um apelo especial para as mulheres, um público geralmente imune à atração dos videogames tradicionais). Até agora o Wii vendeu mais de 25 milhões de unidades, superando a concorrência da Sony e da Microsoft.



Em uma tentativa de reforçar seu sucesso, na semana passada a Nintendo lançou na América do Norte seu novo sistema "Wii Fit", um dispositivo que pretende transformar os exercícios de ioga diante da televisão em algo quase tão divertido quanto dirigir, saltar ou atirar em um jogo tradicional. Apesar de ainda não haver números de vendas disponíveis, havia informações de lojas nos EUA que tinham esgotado seu estoque de Wii Fit.

Em uma cultura de mídia global dominada por rostos, gostos e marcas americanos, os videogames são a exportação cultural de maior sucesso do Japão. E sobre a força do Wii e do sistema de jogos DS a Nintendo tornou-se uma das empresas mais valiosas do Japão. Com um valor líquido de cerca de US$ 8 bilhões, seu ex-presidente Hiroshi Yamauchi é hoje o homem mais rico do Japão, segundo a revista "Forbes". (A Nintendo não revela os honorários de Miyamoto, mas parece que ele não entrou para as fileiras dos super-ricos.)

"Sem Miyamoto a Nintendo estaria novamente fazendo baralhos", disse Andy McNamara, editor-chefe da principal revista de jogos, "Game Informer", referindo-se aos negócios originais da empresa em 1889. "Ele provavelmente inspira 99% dos desenvolvedores. Você pode até dizer que hoje não haveria videogames se não fosse por Miyamoto e a Nintendo. Ele é o avô de todos os desenvolvedores de jogos, mas o divertido é que apesar de todo o seu legado, apesar de todos os personagens icônicos que criou, ele continua ampliando os limites com coisas como Wii Fit."


Miyamoto formou-se na faculdade de artes Kanazawa em 1975 e entrou para a Nintendo dois anos depois, como simples artista. O "Donkey Kong" original foi uma força vital no primeiro surto de popularidade dos jogos, juntamente com clássicos "arcade" como "Space Invaders", "Asteroids" e "Pac-Man".

Ele subiu rapidamente na companhia, e seu nome tem sido sinônimo de Nintendo desde a década de 1980, quando os primeiros jogos "Mario Bros." ajudaram a salvar a indústria depois do colapso da Atari, fabricante do primeiro console de jogos de ampla popularidade. Quando a Atari faliu por causa de uma série de jogos impopulares, a Nintendo reacendeu a fé nos sistemas de jogos domésticos: o Nintendo Entertainment System, lançado no Ocidente em 1985, tornou-se o console mais vendido de sua era.

Desde então Miyamoto participou diretamente da produção de pelo menos 70 jogos, incluindo sucessos recentes como "Mario Kart Wii", "Super Smash Bros. Brawl", "Super Mario Galaxy" e "The Legend of Zelda: Twilight Princess". Miyamoto supervisiona cerca de 400 pessoas, incluindo firmas terceirizadas, quase totalmente no Japão. Os populares novos lançamentos de jogos clássicos mantiveram a credibilidade entre os jogadores tarimbados enquanto ele buscava novos públicos com produtos para o mercado de massa como Wii.

Em todos os seus jogos, os desenhos são marcados por um acúmulo de cuidado e detalhes. Não há nada objetivo em por que um sujeito ridículo de macacão azul como Mario deva atrair tanta gente, assim como não há nada objetivo em como a Disney poderia ter construído uma companhia com animais falantes. Principalmente, o motivo pelo qual eu fazia fila na pizzaria mais de 20 anos atrás para jogar Super Mario Bros., o motivo pelo qual Miyamoto é quase um deus vivo no mundo dos jogos, é que seus games têm uma atração inefável que inspira as pessoas a colocar só mais uma moeda de 25¢ (hoje em dia ficar só mais uma hora no sofá).

Assim como um filme não é medido pela qualidade de seus efeitos especiais, um jogo não é medido simplesmente por seus desenhos. Esse conceito se perdeu para muitos desenhistas, mas não para Miyamoto. E assim como um cinéfilo pode preferir assistir a um velho filme preto-e-branco em vez de, digamos, "Iron Man", os primeiros jogos de Miyamoto continuam sendo diversões válidas. (A história de dois homens lutando pelo recorde mundial em "Donkey Kong" foi transformada em filme no ano passado, "The King of Kong".)

"Há muito poucas pessoas na indústria de videogames que conseguiram sucesso constantemente e em nível mundial, e Miyamoto é um deles", disse em entrevista por telefone Graham Hopper, veterano e vice-presidente executivo e gerente geral dos Estúdios Interativos Disney. "O nível de sucesso criativo que ele conseguiu por um período prolongado é provavelmente inédito."

Como sua galeria de personagens inclui não apenas Mario e Donkey Kong, mas também Princess Peach, Zelda, Bowser e Link, é fácil imaginar que Miyamoto crie seus jogos em torno desses personagens.

A verdade é exatamente o contrário. Segundo ele, os sistemas e a mecânica dos jogos sempre vêm em primeiro lugar, enquanto os personagens são criados e utilizados a serviço do projeto geral. Isso significa um enfoque para os aparentemente prosaicos elementos básicos do projeto de jogos: movimento, cenários, objetivos a alcançar e obstáculos a superar.

"Eu acho que as pessoas gostam de Mario, de Link e dos outros personagens que criamos não por causa dos personagens em si, mas porque os jogos em que eles aparecem são divertidos", disse Miyamoto. "E como as pessoas gostam de jogar esses jogos, em primeiro lugar, elas passam a gostar também dos personagens."

O trabalho de Miyamoto está evoluindo de uma dependência de personagens inventados e cenários elaborados como o Reino dos Cogumelos de Mario ou o mítico Hyrule de Zelda. Com jogos como "Nintendogs" (inspirado por seu cachorro pastor de Shetland), "Wii Sports", "Wii Fit" ou o próximo "Wii Music", Miyamoto está gravitando para os hobbies comuns: animais de estimação, boliche, ioga, bambolê, música. É como se um artista que tivesse dominado o abstrato finalmente se movesse para o realismo.

"Eu diria que nos últimos cinco anos aproximadamente os tipos de jogos que eu crio mudaram um pouco", ele disse. "Enquanto antes eu podia usar minha imaginação para criar esses mundos ou criar os jogos, eu diria que nos últimos cinco anos eu tive uma tendência maior a buscar interesses ou temas em minha vida e tentar extrair deles a diversão."

Mostrou-se uma estratégia perfeita, enquanto a Nintendo busca não-jogadores que talvez não entendam por que esse encanador frenético continua saltando sobre tartarugas, ou por que o sujeito galante de verde tem de continuar resgatando a mesma princesa sem parar. Neste momento, quando os consumidores desejam a capacidade de moldar e tornar-se parte do entretenimento, seja através de MySpace ou de "American Idol", o último astro no elenco de personagens da Nintendo é você -ou melhor, Mii, o avatar que os usuários de Wii criam de si mesmos.

"Eu vejo os Mii como a mais recente criação de personagens da Nintendo", disse Miyamoto. "O interessante é que, não importa a idade do usuário, se ele estiver olhando para um Mii, é o Mii dele. Antes, quando você jogava como outro personagem, era mais típico de entretenimentos mais passivos, e ao criar um Mii você se torna mais parte da experiência do entretenimento."

A Nintendo deverá divulgar mais detalhes sobre "Wii Music" neste verão, mas o conceito básico é que, enquanto jogos de música populares como "Guitar Hero" e "Rock Band" permitem que os jogadores recriem canções já gravadas, "Wii Music" tentará permitir que os usuários captem a sensação de compor e improvisar.

Miyamoto cresceu ouvindo música ocidental como os Beatles e o Lovin' Spoonful. Ele toca piano e banjo e, como amante de "bluegrass", imediatamente reconheceu o nome de Ricky Skaggs quando soube durante um jantar em Manhattan que Skaggs se apresentaria na cidade dali a alguns dias. Miyamoto até brincou sobre prolongar sua estada para assistir ao show. (Não o fez.)

"Estamos tentando criar uma experiência em que as pessoas sejam simplesmente capazes de ter a sensação de como é criar música", ele disse.

Com um histórico como o seu, seria tolice não levá-lo a sério. Ninguém entende mais de diversão que o Walt Disney da geração digital.



Agradecimentos à namorada mais linda e nerd do mundo que me enviou o artigo!
Porquinha rulez. =)

AMBLIN - entretenimento à lá carte

Primeiro post desse blog.
O nome AMBLIN, pra quem me conhece pelo menos um pouco, deve saber de onde veio a inspiração.

Pensei em diversos nomes: coloquei o Reino dos Cogumelos e minha querida Hyrule de ponta -cabeça pra tentar resgatar um título supimpa, mas nada, nothing, niente. Me voltei ao meu diretor de cinema favorito e voila! As bicicletas valem esse blog.

A wikipedia relata a origem do nome Amblin na carreira de Steven Spielberg da seguinte forma:

(...) Em 1969 faria o seu primeiro curta profissional, chamado Amblin. A história de um casal de jovens que se encontra no deserto de Mojave ganhou prêmios em festivais importantes, como o de Veneza. Por esse filme ganhou um contrato com a Universal, onde teria a oportunidade de dirigir o seu primeiro longa-metragem em 1971, Encurralado (1972) (Duel). (...)

Pretendo dividir com vocês opiniões, comentários e sugestões de tudo que é bacana sobre entretenimento, indústria que sempre me fascinou desde as fraldas.
Me lembro quando assistia ET ou Edward Mãos de Tesoura em uma TV de 14" e já me emocionava por completo. Hoje, suo frio nas mãos se fico muitos dias longe de uma tela 16x9 gigantesca.

O objetivo é transformar esse blog em uma ferramenta de consulta para todos.

Pra quem for curioso como eu, AMBLIN, na íntegra: